A teoria do multiverso diz que existem infinitos mundos com pequenas variações deste que vivemos, onde versões de nós mesmos vivem vidas variadas. Algumas pessoas acreditam nessa teoria e vão além, dizendo que somos nós de um único fio de vida, ligados por lações interdimensionais. Algumas dessas pessoas ainda acredita que podemos trocar experiências com essas outras versões de nós.
Talvez eu acredite, pois as vezes sinto que estou em lugares diferentes do que meu corpo se encontra. As vezes a luz do sol aquece meu rosto, mas eu estou em um ambiente fechado. Água escorre pelos meus dedos enquanto escrevo. Sinto o ar quente e estático enquanto uma brisa fresca me encontra. Eu sorrio com imagens que imagino, mas podem ser memórias de outra pessoa.
Entre essas imagens, utópicas na maioria das vezes, tem a cena em que estou deitado na em uma cama e as cortinas também são brancas como, eu vejo a mesma vista do lado de fora da janela. Mas uma coisa é diferente, eu sou feliz. Movimentos de respiração me fazem perceber que não estou sozinho. Assim como as cortinas seu cheiro é o mesmo, mas dessa vez ele impregnou toda minha cama. Isso me faz bem.
Nesse outro universo não tenho que debochar de você pra manter um bom relacionamento. Nessa outra vida eu te acordei com um beijo e te parabenizei com carinho. Essa outra versão de mim também não desenha nem canta, esse outro eu escreveu um texto PARA você ler mais tarde e se emocionar. Aqui eu escrevo um texto SOBRE outros universo pois preciso manter a distancia emocional do que não é meu.
Em outro universo vivenciamos outro setembro e a conversa naquela praça foi diferente.
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